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terça-feira, 30 de novembro de 2010

AMADURECIMENTO



Nossa vida é muito engraçada, conforme vamos amadurecendo vamos mudando nossas prioridades até entendermos que precisamos cuidar de nosso jardim para podermos atrair as borboletas. O amor é assim:

A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...
Principalmente a busca pela felicidade, e pelo grande amor da nossa vida.

Na juventude, ficávamos nos perguntando
"quando será que vai chegar?"
E a cada nova paquera, a pergunta surgia:
"será a minha alma gêmea”?
Fazíamos planos, escolhíamos nomes dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... PLAFT!
O tempo faz a procura ser mais seletiva.

Passamos à procurar alguém que seja bem resolvido, inteligente, com aquele papo que nos deixe sentados no bar o resto da noite.
Passa-se a valorizar alguém que saiba cuidar da gente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que sorria de felicidade quando nos olha, mesmo de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas para ficar em casa.
E todos os eventos da cidade:
Churrasco, festinhas, boates já não tem o mesmo sentido.
Vamos percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, é preciso, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe-se, também, que quem amamos (ou imaginamos amar),e que não corresponde à nossa expectativa, definitivamente não é a pessoa certa.
Aprendemos, com o tempo a gostar de nós mesmos, e, principalmente, a gostar de quem também gosta da gente.
Neste estágio a gente vai encontrar, não quem estava procurando, mas quem estaria nos procurando!
Aprendemos também que o segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham.
Nossa vida é este jardim. vamos cuidar dele com carinho,iluminá-lo, enchê-lo de flores, e sorrir...
Por Mário Quintana

domingo, 7 de novembro de 2010

O poder do agora .... AÇÃO !!!



"Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição terrível. O ruído mental incessante nos impede de encontrar a área da serenidade interior, que é inseparável do Ser.
A iluminação é o fim não só do sofrimento e dos conflitos internos e externos dos pensamentos, mas também da aterrorizante escravidão do pensamento. Esta tela se situa entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a natureza, entre você e Deus.
Nesse estado, sentimos nossa própria presença (estado generoso), ele nos transporta para um ponto que julgamos ser o nosso “eu interior”. Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta.
O ego está sempre preocupado em manter vivo o passado, projetando o futuro pensa que assegura nossa sobrevivência. O pensamento é um aspecto da consciência.
O estado da mente vazia é a consciência sem o pensamento.
A mente inclui nossas emoções, reações mentais e emocionais inconscientes.
Um pensamento agressivo vai acumulando energia em nosso corpo e transforma-se em raiva.
A raiva faz com que o corpo se contraia.
Temos que analisar nossos padrões de pensamento, observando nossas emoções. Sinta o seu corpo lá no fundo. Só assim você entra em contato com as suas emoções. A verdade estará na emoção e não no pensamento. Mesmo que você ainda não seja capaz de trazer a sua atividade mental inconsciente para um estado de consciência sob a forma de pensamento, ela estará sempre refletida no seu corpo como uma emoção, e isso você pode passar a perceber. Você será o observador, a presença que observa. A emoção é um padrão de pensamento amplificado e energizado, que quer assumir o controle. Quanto mais a mente tenta se livrar do sofrimento, mais ele aumenta. A mente nunca pode achar a solução, nem pode permitir que encontremos a solução, porque é ela a parte intrínseca do “problema”.
Muitos seres humanos ainda estão identificados com a mente e são governados por ela.
O amor, a alegria e a paz não conseguem florescer, a menos que tenhamos nos livrado do domínio da mente. Amor, alegria e paz são estados profundos do Ser e são aspectos de ligação interior com o Ser. Quando estes sentimentos vêm do exterior você percebe que eles são momentâneos.
Anseios, desejos, apegos e aversões, nascem da busca da mente por satisfação nas coisas externas e no futuro, como substitutos da alegria do Ser. Enquanto estivermos inconscientes espiritualmente, o sofrimento emocional (que são o ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a depressão, o ciúme e até mesmo uma leve irritação) que é uma causa principal do sofrimento físico e da doença.
O sofrimento é sempre uma forma de “não-aceitação”, uma forma de resistência inconsciente ao que é. No nível do pensamento, a resistência é uma forma de julgamento; no nível emocional é uma forma de negatividade. Ao longo do tempo acumulamos resíduos de sofrimento passado na infância (pela falta de compreensão) e criamos um campo de energia negativa. Passamos a ser vítimas ou perpetradores. Uma identidade-vítima acredita que o passado é mais poderoso do que o presente, o que não é verdade.
Se na maior parte de nossa vida tivermos vivido identificados com o sofrimento emocional significa que construímos um eu interior infeliz, resistente ao apego, ao sofrimento, a compulsão de falar e pensar a esse respeito.
Compulsão inconsciente é o desejo de destruir os outros através do julgamento e uma necessidade de competir e dominar.
O desconforto, a ansiedade, a tensão, o estresse, a preocupação, o medo, o desespero, a inveja, a violência, são causadas por excesso de futuro e pouca presença. A culpa, o arrependimento, o ressentimento, a injustiça, a tristeza, a amargura, todas as formas de incapacidade de perdão são causadas por excesso do passado e pouca presença.
O medo tem várias causas : perder, falhar, querer ter sempre razão, jogos do poder, poder sobre os outros (é fraqueza), carência intensa. Queremos compensar estes medos com coisas externas, propriedades, status, educação, poder. Nada disto é você. Despoje-se de tudo o que não é você. Esteja onde você está. Olhe em volta, não interprete, apenas olhe. Veja as luzes, a forma, as cores, a textura, esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Não julgue, apenas observe o ritmo de sua respiração. Sinta o ar fluindo para dentro e para fora. Sinta a energia vital dentro de seu corpo. Permita que as coisas aconteçam. Deixe que todas as coisas sejam. Mova-se profundamente para dentro do Agora. E algo infinitamente mais poderoso passa a dominar. Ao agirmos com consciência do momento presente, tudo o que fizermos virá com o sentido de qualidade, cuidado e amor, mesmo com a mais simples ação, enfim teremos serenidade, paz. Quando cada célula do nosso corpo está tão presente que vibra com a vida, e quando conseguimos sentir essa vida a cada momento como a alegria do Ser, podemos dizer que estamos livres do tempo.
O melhor indicador do nível de consciência é a maneira como você lida com os desafios. Quando tudo está correndo tranqüilamente é que devemos exercitar a consciência, pois ela gerará um campo energético de alta freqüência vibracional. Monitore o seu estado mental e emocional através de uma auto-observação. Que tipo de pensamentos a sua mente está produzindo, o que você sente, existe alguma tensão?; tal algum ressentimento?; está satisfeito com suas atividades? tem medo? está estressado?
Você pode parar com essa insanidade que corrói a saúde e a vida aceitando simplesmente o momento presente.
Perceba a sua respiração (entrando e saindo), sinta o seu campo interno de energia. A gratidão pelo momento presente e pela plenitude da vida atual é a verdadeira prosperidade.
Quando ficamos mais conscientes de presente, podemos ter um insight sobre o porquê de determinados condicionamentos. Podemos perceber, por exemplo, se seguimos algum padrão nos nossos relacionamentos e podemos ver mais claramente coisas que acontecem no passado. Essencial é a nossa presença consciente, ela é o agente transformador. Compreender a presença é estar presente. Só com a mente serena é que podemos ouvir o som de um riacho, ou o som de um passarinho.Quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente. Permitir o momento Agora trará um estado de liberdade interior, o estado da verdadeira paz interior. Ao observarmos o “sofrimento”, sentimos seu campo energético dentro de nós e desfazemos nossa identificação com ele, surge uma nova dimensão da consciência (presença). Aqui está nossa profunda força interior. Acabamos de acessar o poder do Agora. Vigie o seu espaço interior. Estando alerta e presente, capaz de observar o sofrimento e sentir a energia que emana dele, o sofrimento não terá força para controlar o seu pensamento.
Padrões de resistência geram as polaridades negativas e positivas. Perdoar o presente é até mais importante do que perdoar o passado. Se perdoarmos a cada momento, estaremos evitando acúmulos de ressentimentos.
“Aceite o que quer que venha para você nas tramas do destino, pois o que se ajustaria mais adequadamente às suas necessidades?”. Marco Aurélio
Aprender a não oferecer qualquer resistência ao que é; aprender que o momento presente aconteça e a aceitar a natureza impermanente de todas as coisas e circunstâncias. Assim se encontra a paz. Perdoe a si mesmo por não estar em paz. Esse é o milagre da entrega.
Manter-se em um estado de alerta consciente destrói a alegação entre o sofrimento e o mecanismo do pensamento, e aciona o processo de transformação. Dar atenção à emoção significa, observa-la, senti-la completamente, conhece-la e aceita-la do jeito que é. Esta é a chave para a transformação. Quando se fala em perdão a nós mesmos, ao passado, a algo que recusamos em aceitar, temos que abrir mão de nossos ressentimentos e deixar que eles se desprendam de nós. Perdoando, você volta às origens à Fonte. Com o perdão, acontece o milagre do despertar da consciência do Ser.
No momento em que captamos a essência, ocorre uma mudança na consciência, que passa a desviar o foco da mente para o Ser, do tempo para a presença.
Quando estiver inteiramente presente e as pessoas à sua volta tiverem um comportamento inconsciente, você não vai sentir necessidade de reagir. Isso quebra o ciclo cármico de ação e reação. Resumo do processo :
concentre a atenção no sentimento dentro de você.
Reconheça que é o sofrimento; que ele esteja ali;
Não pense a respeito;
Não permita que o sentimento se transforme em pensamento;
Não julgue nem analise;
Não identifique com o sentimento;
Esteja presente e observe o que está acontecendo dentro de você;
Perceba não só o sofrimento emocional, mas a presença de “alguém que observa, o observador silencioso.
Este é o poder do Agora, o poder da sua própria presença consciente.
Veja, então, o que acontece. É uma poderosa ferramenta de transformação.
Conecte-se com seu corpo interior :

Feche os olhos para fazer o exercício;
Dirija a atenção para dentro de seu corpo;
Sinta-o lá no fundo. Está Vivo?
Há vida nas suas mãos, braços, pernas e pés, abdômen, peito?
Sinta o campo de energia sutil impregnado em todo o seu corpo e palpitando cada órgão, cada célula;
Mantenha o foco, por uns momentos, sobre a sensação que passa pelo seu corpo interior;
Sinta-a;
Quanto mais atenção você der a sensação, mais clara e forte ela ficará;
É como se cada célula se tornasse mais viva e, se você tiver uma forte percepção visual, talvez obtenha uma imagem do seu corpo ficando luminoso;
O importante é sentir e o quanto você consegue sentir;
Talvez exista um leve formigamento nas mãos e pés; Focalize a sensação;
Abra os olhos e mantenha atenção no campo de energia interior do corpo.
Pratique. Quanto mais consciência direcionamos ao nosso corpo interior, mais cresce a freqüência vibracional.

A habilidade de perceber o corpo interior vai gerar um modo de vida novo, um estado de conexão permanente com o Ser, e trazer uma profundidade à sua vida que você jamais imaginou. Quando surgirem desafios, penetre (urgentemente) diretamente em seu interior e se concentre no campo de energia interna de seu corpo. Uma demora permitirá uma reação condicionada mental e emocional que dominará você.

Procedimentos na vida prática:

Aprenda a expressar os seus sentimentos sem culpar ninguém. Aprenda a ouvir o parceiro de um modo aberto, sem reservas. Quando o parceiro falar, esteja presente. Dar espaço aos outros e a si mesmo. Em vez de refletir o sofrimento e a inconsciência, em vez de satisfazer as necessidades mútuas viciadas do ego, vocês vão refletir para o outro o amor que sentem lá no fundo. Esse é o amor que não tem opositores.
Lembre-se de que o ego precisa de problemas, disputas e “inimigos” para fortalecer o sentido de separação de onde tira a sua identidade. O desafio está na habilidade de ouvir.
A ausência de amor no relacionamento desencadeia no parceiro e ele vai atacar: culpando-o, criticando-o, atribuindo-lhe o erro. Em decorrência o outro vai se defender da agressão e vai se aferrar, cada vez mais, as suas posições mentais.
O correto é: expressar seus sentimentos para o parceiro.
Assim, um espaço de consciência pura, clara e serena, passa a existir – o saber (testemunha silenciosa), o observador.
Essa profunda transformação da consciência humana não é uma possibilidade distante no futuro, ela está disponível agora – não importa quem você seja ou de onde quer que esteja. "
Fragmentos do livro de Eckhart Tolle